Engenharia sustentável e eficiência energética
Segundo Rui Ribeiro – Director Técnico da Fricon, o maior desafio que temos em mãos será o incremento da nossa capacidade de influenciar tendências junto do mercado.
“Sentimos que o retalho, segue muitas vezes tendências, podendo estas seguirem uma norma mais ou menos eficiente. Aquilo que pretendemos na FRICON é aumentar o nosso potencial de impacto e influência na definição destas tendências.
A criação de um fluxo consistente junto do mercado, nos aspetos de sustentabilidade e eficiência, é um dos principais objetivos não só da equipa de engenharia, mas da FRICON enquanto operador no mercado.
Pretendemos desta forma, ser mais fortes na partilha da nossa missão de sustentabilidade e eficiência energética, mantendo o nosso “drive” vanguardista que nos caracteriza e que faz parte do nosso ADN.Este alinhamento é valido quer para o mercado nacional, como nos mercados internacionais em que estamos presentes. Só assim, com este nível de exigência, conseguimos garantir a presença consolidada em mais de 115 mercados e uma distribuição direta para cerca de 70 países.”
Como a Fricon se posiciona no mercado face à nova certificação energética?
E as novas estratégias da empresa neste âmbito?
A introdução da normativa europeia Ecolabel, ocorre para FRICON como um aliado na nossa estratégia de desenvolvimento de produto.
A sua introdução e obrigatoriedade, contribui de forma positiva, para a “tangibilização” da nossa missão na implementação de soluções altamente eficientes, na medida em que nos ajuda no processo de sensibilização e chamada de atenção do consumidor final para esta realidade.
Em simultâneo, apoia-nos ainda, junto de outros “stakeholders”, como por exemplo, fornecedores de componentes.
Tendo em conta a nossa dispersão global em termos de mercados, estamos expostos a estreitas regras de certificação energética e não só, na medida em que todos os mercados para onde comercializamos as nossas soluções, têm diferentes e crescentes exigências.
O processo de eficiência e sustentabilidade ocorre ao longo de toda a cadeia de valor e o desenvolvimento de produto não é exceção. Neste processo de transformação é essencial o suporte dos nossos fornecedores de componentes, sobre os quais as exigências são também elevadas.
O alinhamento estratégico de todas as partes, no sentido comum da sustentabilidade e eficiência, assume hoje uma importância indissociável a todas as partes interessadas.
Relativamente à eficiência energética e sustentabilidade. Como a Fricon se tem antecipado a esta realidade e como lidera estas boas práticas no mercado?
Afirmamos muitas vezes, que tivemos a “sorte” de nos anteciparmos, através da mão do nosso fundador, em algumas décadas em vários processos. Hoje, continuamos na direção da melhoria continua, através de um trabalho consistente na otimização da performance.
Fazemo-lo sob o ponto de vista de produto, mas também através da otimização dos processos. Consumimos menos recursos, para produzir o mesmo. Isto é, por um lado consumimos desde logo, menos energia, mas também outros recursos. Este fenómeno está também diretamente ligado à otimização de processo produtivo especificamente, mas não de forma exclusiva.
Um bom exemplo é a seleção de materiais. O facto de trabalharmos com mercados muito exigentes, obriga-nos a cumprir requisitos normativos para certificação, obrigando-nos a trabalhar na vanguarda técnica e tecnológica.
Trabalhamos com uma parte muito significativa dos retalhistas nacionais, como Grupo Jerónimo Martins e Sonae, mas também com outras cadeias multinacionais coma a Marks & Spencer, Grupo Carrefour, Cencosud, entre outros, pelo que estamos obrigados a trabalhar diariamente sob elevados níveis de exigência. Esta exigência é igualmente tramitada juntos dos nossos parceiros, garantindo-se desta forma uma proposta de valor consolidada.
Drive de engenharia sustentável? Exemplos práticos ? Em que se aplica?
Na última década temos investido substancialmente nestas variáveis e neste posicionamento.
Este ano, lançámos novos investimentos, na otimização do layout produtivo e automatização do processo produtivo. Em simultâneo a estes investimentos, lançámos ainda novos programas de capacitação das nossas equipas e um projeto muito robusto de “lean management”.
O investimento mencionado e em decurso, fecha no fundo este círculo de aposta numa engenharia sustentável.
Novos projetos da Fricon e qual a estratégia de futuro?
Eficiência energética ocupa no seio da equipa de engenharia, uma parte significativa do nosso desenvolvimento de produtos. Esta estratégia irá ser mantida e mesmo reforçada, tendo em conta ser uma necessidade cada vez mais premente no mercado.
O grande desafio nesta área, paralelo ao lançamento de novos produtos, vai no sentido de que melhorias poderão vir a ter e a avaliação de integração no mercado.
Teremos sempre os conceitos de engenharia sustentável e eficiência energética nos nossos desenvolvimentos.
Leia a notícia integral lançada pela maior revista europeia do retalho alimentar – a European Supermarket Magazine.